• Lisboa, Portugal 30/09/2008 18:02 (LUSA)
    Temas: Política, governo, emigrantes

       Lisboa, 30 Set (Lusa) - Cinco meses depois de ter sido eleito, o Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) ficou agora completo com a designação dos 10 conselheiros que provêem de associações e dos portugueses eleitos para cargos políticos no estrangeiro.

        De acordo com a nova lei do CCP, aquele órgão de consulta do Governo em matéria de emigração é composto por 73 conselheiros, dos quais 63 são eleitos e dez são designados entre associações, luso-eleitos, o Conselho Permanente das Comunidades Madeirenses e o Congresso das Comunidades Açorianas.

        Segundo fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António Braga, por votação das associações de portugueses na Europa, foram designados Alfredo Cardoso (membro da Federação das Associações Portuguesas de Munster, Alemanha) e Mário Castilho (Presidente da Associação Portuguesa Cultural e Social de Pontault-Combault, França).

        As Associações Fora da Europa nomearam o dirigente associativo Terry Costa, do Canadá, e o presidente da Casa de Portugal de Montevideu, Raul Simón.

        Por seu lado, os luso-eleitos na Europa escolheram Paulo Paixão e Cristela de Oliveira, ambos de França.

        Os portugueses eleitos para cargos políticos Fora da Europa designaram Rita Botelho dos Santos (pelo círculo China, Japão, Tailândia e Macau) e Manuel Simão de Freitas (África do Sul).

        Pelo Conselho Permanente das Comunidades Madeirenses foi designado José Gonçalves, residente na Bélgica, enquanto o Congresso das Comunidades Açorianas optou por não indicar ninguém, preferindo designar pessoas de acordo com os temas em discussão.

        Entretanto, e tal como prevê a lei, o Governo nomeou os conselheiros pelos países onde não houve candidatos, tendo sido indicada Maria Teresa Heymans (Holanda), Manuel Martins Pereira (Valência, Venezuela) e Joaquim Torres Rodrigues (Angola e República Popular do Congo).

        Pelo círculo de Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Senegal foi nomeada Maria Adriana Carvalho e pela Índia Jorge Renato Fernandes.

        De acordo com a fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, falta nomear uma pessoa por Espanha porque "não se apresentou ninguém, nem se encontrou alguém com disponibilidade".


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  • Lisboa, 12 Set (Lusa).

     

    A Associação dos Autarcas Portugueses de França - CIVICA considerou hoje que o projecto do PS de acabar com o voto por correspondência dos emigrantes será "uma calamidade" que vai aumentar a abstenção.



        "O voto presencial (defendido pelo PS) será uma calamidade. É uma medida que vai afastar totalmente a primeira geração do voto", disse hoje à Agência Lusa Paulo Marques, presidente da CIVICA.

        Falando em específico do caso de França, o responsável afirmou que o voto presencial vai fazer com que "não haja participação" dos emigrantes nas eleições legislativas porque muitos residem a 200 ou 300 quilómetros do consulado mais próximo.

        "Parece que a vontade do Governo é afastar a comunidade portuguesa de Portugal e pôr um termo à ligação da juventude com o seu país de origem", acrescentou.

        Paulo Marques defendeu que o voto dos emigrantes deveria continuar a ser feito por correspondência e não descartou a hipótese de começar a ser feito pela Internet.

        "Há 30 anos que o acto eleitoral por correspondência funciona, por isso, devia continuar. Ao mesmo tempo, devia fazer-se uma reflexão sobre outros meios de voto, nomeadamente o voto electrónico, que já foi testado", afirmou.

        Apresentado em Julho, o projecto do PS de alteração da Lei Eleitoral deverá ser discutido na próxima semana e foi quinta-feira criticado pela líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, que prometeu apelar "a todas as instâncias" para impedir aquela alteração legislativa.

        Também o presidente cessante do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) voltou a criticar o projecto de acabar com o voto por correspondência, considerando que esta alteração vai contribuir para a abstenção.

        Em França residem cerca de um milhão de portugueses e luso-descendentes.

        MCL. Lusa/fim


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  • Internacional

    França: Vereador considera pouco provável envolvimento de portugueses em motins

    Lisboa, 27 Nov (Lusa) - O vereador para a Juventude em Aulnay-sous-Bois, França, Paulo Marques, disse hoje à Agência Lusa que "é impossível saber" se há jovens portugueses envolvidos nos distúrbios com a polícia, mas considera ser pouco provável.

    "Está próximo do zero a possibilidade de existirem jovens franceses de origem portuguesa envolvidos nos distúrbios", disse o vereador.

    Paulo Marques falava à Lusa na sequência dos distúrbios que se verificam há duas noites entre jovens e polícias franceses na comuna de Villiers-le-Bel e de que resultaram em ferimentos em mais de 70 agentes.

    De acordo com o português Paulo Marques, "dificilmente se poderá saber se há ou não portugueses envolvidos. Os portugueses abundaram por esses bairros há uns anos, mas hoje já não residem lá, pelo que a comunidade portuguesa nesses locais é uma minoria".

    O vereador em Aulnay-sous-Bois, a cerca de 25 quilómetros da comuna onde se registaram os incidentes, recorda que, "tal como há dois anos, os distúrbios são causados por grupos reduzidos. São jovens que estão um pouco à margem" da sociedade.

    Em declarações à Lusa, Paulo Marques manifestou a preocupação que começa a sentir-se um pouco por toda aquela região, que é a de a mediatização deste caso incentivar outros grupos a fazerem o mesmo.

    "Será que, como os `media` estão novamente a mostrar interesse por este caso e a dar-lhe cobertura, haja uma vontade de alguns bairros em começar a fazer o mesmo para serem falados? Essa é a nossa preocupação", afirmou.

    Setenta e sete polícias ficaram hoje feridos, cinco dos quais com gravidade, em confrontos durante a madrugada, entre jovens e polícias, nos arredores de Paris, disse o sindicato da polícia Synergie.

    A comuna de Villiers-le-Bel conheceu uma segunda noite consecutiva de confrontos entre dois jovens e forças de segurança, na sequência da morte, domingo, de dois adolescentes, de 15 e 16 anos, numa colisão entre uma motorizada e um carro da polícia.

    Em 2005, altura em que o actual presidente, Nicolas Sarkozy, era ministro do Interior, motins urbanos idênticos aos desta madrugada prolongaram-se por três semanas.

    © 2007 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.


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  • Paixão pela política alinhada à Direita

    Basta espreitar a sua galeria de fotografias para se perceber o dinamismo e paixão de Paulo Marques pela política. Ao lado de Nicolas Sarkozy, actual presidente de França em cuja campanha se empenhou. Com Cavaco Silva, chefe de Estado cuja eleição também apoiou. Na Assembleia da República, com diferentes deputados, em constantes reuniões de trabalho. Uma frase curta justifica o seu empenho "A política é uma forma de mudar as coisas".

    Juntando a actividade política - que a nível local se traduz no cargo de deputado municipal de Aulnay, na região de Paris - ao entusiasmo pelo movimento associativo, o resultado resulta lógico. Paulo Marques fundou em 2000 a "Cívica", uma associação que congrega eleitos portugueses e luso-descendentes em França.

    Actualmente tem 61 associados com as quotas em dia, mas Paulo Marques ambiciona mais existem cerca de três centenas e meia de autarcas, na sua maioria deputados municipais e vereadores. Até hoje só três chegaram à presidência dos municípios, por uma razão puramente legal: a lei veda o acesso ao cargo a quem não tenha nacionalidade francesa.

    Embora considere que a comunidade portuguesa vive actualmente, depois de décadas em que "não quis dar nas vistas", um período de afirmação, Paulo Marques não esconde críticas aos governantes franceses. "Não há real vontade de informar" sobre os direitos cívicos e políticos, acusa.

    O percurso natural de integração acaba, no entanto, por dar frutos espontâneos. Longe vão os tempos em que os portugueses trabalhavam quase exclusivamente em actividades não qualificadas. "Hoje há 46 mil empresas que são propriedade ou dirigidas por emigrantes e descendentes", afirma.

    Ele próprio luso-descendente, com família no concelho de Ourém, defende "a dupla pertença nacional" e sente-se totalmente em casa nas muitas deslocações a Portugal - ainda na semana passada esteve em Lisboa. Entre 1993 e 1997 foi conselheiro das Comunidades Portuguesas.

    Profissionalmente, já esteve no Banco Português de Investimento, foi quadro da Marconi França, actualmente administrativo. Sempre lhe sobrou tempo para a política, em que se "meteu" com apenas 19 anos. Sempre alinhado à Direita, apoiou os candidatos presidenciais Ferreira do Amaral (2002) e Cavaco Silva (2006), neste caso integrando a comissão de honra. Igual empenho dedicou, nas legislativas, a Durão Barroso e Santana Lopes.

    Amanhã Albino Silva, chefe de cozinha com restaurante no Canadá.

    Nome
    Paulo Marques, 37 anos

    Profissão
    Administrativo. Deputado da assembleia municipal de Aulnay, região de Paris.

    Associativismo
    Fundou a Cívica, associação de eleitos portugueses e luso-descendentes em França. Também foi co-fundador da Associação Comunidade em Movimento e da Associação Portugueses Francófonos. Diz que nasceu no meio do movimento associativo o pai foi fundador duma colectividade local, "Associação de Cultura Portuguesa Rosa dos Ventos".

    O rosto de Sarkozy
    Nas presidenciais de Abril, coordenou os 100 comités portugueses de apoio a Sarkozy. Empenhou-se na mobilização entre compatriotas.

     

    Inês Cardoso

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  • NATIONALITÉ : DOUBLE

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    Alors que le « modèle d’intégration à la française » est si décrié, le luso-descendant Paulo Marques fait de ses origines un atout politique.<o:p></o:p>

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    « Je suis Français en France, Portugais au Portugal, et européen ! » Plus que des données biographiques, il y a dans cette phrase de Paulo Marques tout son credo. <o:p></o:p>

    Né en France de parents portugais, fonctionnaires, ce jeune célibataire de 36 ans incarne la deuxième génération d’immigrés portugais et sa quête de visibilité, de respectabilité. Sa politique : être présent, prendre la parole, se rendre utile. Il est aujourd’hui Conseiller municipal à Aulnay-sous-Bois, président de l’association Civica – qui réunit des élus portugais de France –, membre actif de l’UMP et de la branche française du PSD, le parti du centre-droit portugais. <o:p></o:p>

    « Aujourd’hui mon discours se focalise sur cette double appartenance pour éviter toute idée d’assimilation, d’intégration ou de communautarisme », explique celui qui, à 19 ans déjà, était le premier candidat issu de l’immigration portugaise aux élections municipales, dans toute la France. Par son engagement politique, Paulo Marques s’est construit son propre « modèle d’intégration ». Il participe à la vie politique en France et au Portugal, en s’appuyant toujours sur son lien avec la communauté portugaise de France.<o:p></o:p>

    Paulo Marques est un homme d’action et la connaissance du terrain est son atout. « J’aime gagner. J’aime qu’on me fasse confiance… montrer de quoi nous sommes capables », déclare l’interlocuteur privilégié de ceux qui, ici ou au Portugal, veulent approcher sa communauté. En 2002, il co-organise la campagne lusophone de Jacques Chirac. Il s’en souvient comme un de ses plus beaux succès : « Nous avons apporté une pierre à l’édifice, nous n’étions plus seulement la communauté qui travaille dur, nous participions au plan politique ». La même année, une autre victoire importante est au rendez-vous. En tant que directeur de campagne de Carlos Gonçalves, candidat aux élections législatives portugaises pour la circonscription « Europe », Paulo Marques fête l’élection du premier député qui réside effectivement en France.<o:p></o:p>

    Lors des élections régionales de 2004, Paulo Marques intègre la liste de Jean-François Copé, qui se présente en Île-de-France. « Paulo correspondait exactement au profil recherché. C’est un jeune dynamique, très travailleur, et il sait ce qu’il fait », raconte Guy Alvés, chef de cabinet du porte-parole du gouvernement. Et, en novembre dernier, l’ancien Président de la république portugaise Jorge Sampaio lui téléphonait en personne pour mieux comprendre ce qu’il se passait dans les banlieues de la région parisienne.<o:p></o:p>

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    C’est précisément là, en Seine Saint Denis, à la cité des Trois Mille, que tout a commencé. Paulo Marques ne revendique pas une vocation de leader, pourtant, son tempérament l’a toujours poussé à faire bouger les choses et il ne craint pas de se mettre en avant. A 16 ans, il crée avec une bande de copains les RDV Boys, « une espèce de boys band avant la lettre qui faisait de la world music et de la danse moderne en costume traditionnel de la région du Minho, au Portugal ». L’idée était simple : redonner de la vigueur à la vie associative et culturelle de la communauté portugaise d’Aulnay-sous-Bois. Un enjeu auquel Paulo Marques était très sensible car c’est son père qui, en 1973, avait créé l’Association culturelle « Rose des Vents » pour accueillir les nouveaux habitants du quartier du même nom, composé en grande majorité d’immigrés portugais.<o:p></o:p>

    Paulo Marques devient président de l’association en 1989 mais cela ne suffit pas. « J’ai rapidement compris que, pour prendre la parole et dire quelque chose au nom de nos parents qui ne votaient pas, il fallait qu’on intègre les institutions françaises par l’intérieur », explique-t-il aujourd’hui.<o:p></o:p>

    En 1995, Paulo Marques se présente à nouveau sur les listes du RPR en tant qu’indépendant et parvient à se faire élire. La même année, le président Jorge Sampaio vient en France. Paulo Marques raconte : « Je me suis approché de lui et je me suis présenté en tant qu’élu portugais en France. Il a fait tilt, c’était la première fois qu’il rencontrait un jeune portugais qui participait à la vie politique locale. Il était tellement ravi qu’il en a parlé dans son discours. » Paulo Marques avait compris quel serait son rôle. Depuis, en donnant l’exemple, il cherche à démontrer aux français et aux portugais que les luso-descendants ont réussi leur aventure, qu’ils sont travailleurs et citoyens.<o:p></o:p>

    Pourtant, il y a une cause qui, aujourd’hui encore, revient sans cesse dans les propos de Paulo Marques. En 1994, les ressortissants européens résidant en France ont obtenu le droit de voter aux élections municipales et européennes. Pour Paulo Marques, le temps était finalement venu pour la génération de ses parents de prendre toute sa place dans la société française. Mais des 795.000 potentiels électeurs portugais, seulement 56.000 se sont inscrits sur les listes. Selon Paulo Marques, ces chiffres ne s’expliquent que par un manque d’information, et ça le rend furieux : « Ça fait plus de 10 ans qu’on attend que cette information passe… et on parle du droit de vote des étrangers, ne mettons pas la charrue avant les bœufs ! ». Impatient et pragmatique à la fois, le président de l’association Civica s’est fixé pour objectif de doubler le nombre d’inscrits d’ici 2007.<o:p></o:p>

    Au sein de sa communauté, le parcours de « Paulinho », comme l’appellent ceux qui l’on vu grandir, fait presque l’unanimité. Mais, au sein de l’Association des élus municipaux portugais de France (AEMPF), qui, globalement, regroupe des élus de gauche, plus âgés et plus proches des problèmes quotidiens de la communauté portugaise, l’omniprésence de Paulo Marques le rend suspect. « J’ai l’impression qu’il parle beaucoup et ne fait pas grand-chose… qu’il a d’autres objectifs et qu’il pourrait se servir de la communauté portugaise pour faire son entrée dans la politique française », lâche José Maria da Silva, président de l’AEMPF.<o:p></o:p>

    Le fait est que c’est bien Paulo Marques qui était présent à Matignon lorsque le nouveau Premier ministre portugais, José Sócrates, a rendu visite à son homologue français. C’est à nouveau lui qui a accompagné le président de l’UMP, Nicolas Sarkozy, lors de son voyage au Portugal l’an dernier. Paulo Marques ne cache d’ailleurs pas qu’il aura son rôle dans la campagne présidentielle de 2007 que briguera très probablement Nicolas Sarkozy, quelqu’un dont il se sent proche. « L’avantage qu’a Paulo c’est d’être connu de Villepin, Sarkozy ou Jean-François Copé. Si demain il souhaite s’engager dans une carrière plus personnelle, ces gens l’aideront », confie Guy Alvés, chef de cabinet de M. Copé. <o:p></o:p>

    Paulo Marques hésite : « Je sais d’où je viens et ce qui fait la base de mon intervention. Sans délaisser la communauté portugaise, c’est vrai que j’ai une réflexion personnelle à faire ». Mais après avoir été cadre administratif dans une banque portugaise en France, Paulo Marques travaille actuellement avec ses deux frères cadets dans le domaine de l’évènementiel et de l’animation nocturne, ce qui, de son point de vue, lui permet « de garder les pieds sur terre, de rester à l’écoute de la jeunesse ».<o:p></o:p>

    Son avenir proche passera sans doute par la commune d’Aulnay-sous-Bois, où il a récemment demandé à être Maire adjoint. Il réfléchit également aux prochaines élections européennes. « Il faut que les ressortissants européens soient sur les listes. Soit on intègre les listes des partis, soit la communauté crée sa propre liste », dit-il, encore amer d’avoir assisté à l’absence totale des européens vivant en France lors des débats de la dernière campagne. <o:p></o:p>

    Et l’Assemblée nationale ? « Ce serait très difficile, mais j’y pense. »<o:p></o:p>

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    THOMAS SCHMITT CABRAL<o:p></o:p>

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    Ecole de Journalisme – IEP Paris<o:p></o:p>

    Mai 2006
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  • O Presidente da CIVICA esta em Lisboa desde segunda feira a acompanhar o 5 encontro de jovens luso descentes (45 participantes).

    Terça feira foram recebidos pelo presidente da republica  Anibal Cavaco Silva... Durante o encontro o Presidente fez sentido de convidar o autarca a participar nas comemorações do 10 de Junho, dia  de Portugal, Camões e das comunidades Portuguesas a realizar no Porto.

    Paulo Marques teve a sua primeira intervenção  ontem, Terça Feira,na Universidade Lusofona com o tema "a realidade dos Luso descendents".

    O  debate foi muito animado, mostrando que  a juventude lusa não veio so para visitas e comhecer o Portugal actual... "Gostei muito da  intervenção  dos jovens...demostrou a vontade de participar e  terem uma parte activa no debate" disse Paulo Marques.

    Hoje Quarta feira os jovens tiveram encontro na assembleia da republica e vão poder novamente debater e encontrar o Secretario de Estado Antonio Braga.

    Quinta Feira a intervenção contou com os temas "Associativismo, participação e cidadania". Paulo Marques deixou lugar aos jovens para a apresentação de suas realidades Lusas.

    A delegação Francesa foi recebida na embaixada de França em Portugal (Lisboa). Num ambiente cordial as conversas com o delegado da Presse e o intendente da embaixada tornaram a volta das realidades dos jovens Luso Franceses...

    A delegação Francesa : Ana Ferreira CCP e CCJ presidente associação em Lyon, Chantal da CPFC le Raincy, Estel da Cap Magelan e a Catarina de Puteau.

    V Encontro Mundial

    Jovens luso-descendentes reunidos em Lisboa

    Lisboa - Quarenta e seis jovens oriundos das comunidades portuguesas estão reunidos em Lisboa, desde o início da semana e até à próxima sexta-feira, no V Encontro Mundial de Luso-descendentes.
    Este evento visa proporcionar, mais uma vez, o contacto dos jovens luso-descendentes com a nova realidade do país.

    Além do intercâmbio cultural, os participantes discute temas como as novas tecnologias, a participação social dos jovens e a identidade cultural portuguesa, entre outros.

    A iniciativa é promovida pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas e pela Secretaria de Estado da Juventude, em cooperação com a Câmara Municipal de Lisboa, Movijovem, Instituto Português da Juventude e Conselho Nacional de Juventude.

    Esta quarta-feira, os jovens luso-descendentes são recebidos pelo presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, na Sala do Senado do Parlamento português.

    Na terça-feira, os participantes no V Encontro Mundial de Jovens Luso-Descendentes foram já recebidos pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, tendo visitado também o Museu da Presidência da República e os jardins do Palácio de Belém.

    No encontro, e após dar-lhes as boas vindas, o chefe de Estado sublinhou que os jovens luso-descendentes, tal como os restantes portugueses a residirem no exterior, são «embaixadores de Portugal espalhados pelo mundo» que contribuem para um melhor reconhecimento do país.


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  • Autarcas de origem portuguesa encontram-se a 25 de Junho em Aulnay-sous-Bois

    2006-04-24 12:03:48

    Aulnay sous Bois - A associação «Cívica» está a preparar o 4/o Encontro de Autarcas de Origem Portuguesa que vai ter lugar na cidade francesa de Aulnay-sous-Bois, no próximo dia 25 de Junho.
    «Pretendemos que seja uma iniciativa federadora de interesses e vontades da nossa comunidade, que permita uma sua maior implicação na vida política tanto em França como em Portugal», refere em nota à imprensa o presidente da «Cívica», o luso-descendente Paulo Marques.

    A associação promoveu já duas reuniões que permitiram definir um conjunto de objectivos para o encontro de Junho.

    Assim, em debate estarão temas como o papel que a comunidade portuguesa em França vai assumir no período eleitoral que se aproxima 2006-2008 (presidenciais, legislativas e municipais), as suas reivindicações específicas e a forma como se poderá aumentar o nível da participação.
    Em cima da mesa estarão ainda questões como o actual peso político da comunidade lusa ou a forma como a classe política francesa vê a participação desta. Será também apresentação a campanha de inscrições eleitorais iniciada em Dezembro de 2005.

    «Este Encontro tem como principal objectivo avaliar o nível de intervenção cívica da nossa comunidade e congregar esforços e sinergias, independentemente das convicções políticas de cada cidadão, no sentido de ganhar espaço no mundo político francês», adianta a organização no mesmo documento.
    Para esta iniciativa serão convidados parlamentares portugueses e franceses, autoridades diplomáticas e consulares portuguesas, membros do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP) e dirigentes associativos, para além dos autarcas de origem portuguesa da Região Ile de France.

    A «Cívica» foi criada em 2000 por iniciativa de Paulo Marques, vereador em França desde 1989, que pretendia, desta forma, «dinamizar a intervenção lusa na participação cívica» nos países de residência.

    (c) PNN Portuguese News Network


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  • O português Paulo Marques, vereador em Aulnay-sous-Bois, arredores de Paris e um dos locais mais atingidos pelos confrontos, está terça-feira em Lisboa para analisar com as autoridades nacionais a activação da célula de crise nos consulados em França.
    "Vou estar no Ministério dos Negócios Estrangeiros para saber porque foram activadas estas células de crise para acolher portugueses que estão com problemas", explicou o vereador à Agência Lusa.
    Para Paulo Marques, essa foi uma medida "que não se justificava porque as autoridades francesas já estão a trabalhar no terreno e, no caso de Aulnay-sous-Bois, a célula de crise da câmara municipal tem acompanhamento para a população".
    "Além disso, os 220 portugueses ou luso-descendentes eleitos em França começam a ser encarados pelas autoridades como se a activação dessas células tivesse partido deles. Como se fossem eles que se sentissem inseguros e precisassem de Portugal para ter um auxílio especial", disse.
    Paulo Marques considera que os "luso-descendentes já têm dificuldades em mostrar o seu potencial e este incidente vem ainda colocar dúvidas aos autarcas".
    O vereador português disse também que "as divulgadas células de crise não estão a funcionar porque alguns portugueses telefonaram para os consulados durante o fim-de-semana e ninguém atendeu".
    Paulo Marques reafirmou ainda que "não tem conhecimentos de portugueses envolvidos nos confrontos em Aulnay-sous-Bois", mas diz que alguns sofreram danos materiais.
    "O dono de uma empresa de transportes ficou com três camiões incendiados", indicou.
    Na passada quinta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros activou as células de crise em vários consulados portugueses da região parisiense para dar protecção aos portugueses que se sentissem inseguros pelos incidentes em Franca que se prolongam há 11 dias.
    Contactados pela Lusa, os ministérios do Interior e dos Negócios Estrangeiros franceses disseram não ter qualquer comentário a fazer à medida anunciada pelo MNE português.
    Essa medida foi criticada na altura por vários portugueses residentes perto de Paris, que consideraram que essa atitude revelou "desconhecimento do que se passa no terreno" e que pode criar um "clima de medo" entre os emigrantes.
    Mais de 1.400 viaturas foram incendiadas na décima primeira noite consecutiva de tumultos, iniciados nos arredores de Paris a 27 de Outubro e que, entretanto, se estenderam a zonas urbanas de todo o território francês.
    Segundo um balanço definitivo da polícia francesa, na última noite, além de o número de veículos incendiados ter atingido o recorde de 1.408, foram efectuadas 395 detenções.
    Os distúrbios registados na última noite na região parisiense causaram 34 feridos ligeiros entre a polícia, anunciaram as autoridades.
    Os confrontos começaram a 27 de Outubro depois da morte de dois adolescentes filhos de pais imigrantes em Seine-Saint-Dennis, nos arredores norte da capital francesa.
    Agência LUSA
    2005-11-07 13:43:51
     



    O presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas considera que o governo francês está a perder o controlo da situação de violência generalizada que grassa no norte de Paris há sete dias consecutivos.

    Em declarações à TSF, Carlos Pereira lembrou a condição degradada destes bairros na região de Seine-Saint-Denis e as enormes dificuldades em que as famílias vivem nesses locais.

    «Há uma taxa de desemprego muitíssimo elevada em cidades que foram feitas para que ninguém lá morasse. Lá existem torres onde estão muitas famílias muitas vezes sem trabalho, sem acesso ao ensino, sem transportes e nenhuma animação, onde nada se passa. Isso leva a uma situação explosiva», explicou.

    Carlos Pereira acrescentou ainda que em determinados destes locais a polícia não consegue entrar e que a vontade dos habitantes dessas regiões é apenas a de sair de lá.

    Este responsável confirmou que há portugueses neste tipo de bairros, mas sabe dizer se haverá jovens portugueses ou luso-descendentes envolvidos nestes confrontos.

    «Não conheço nenhum, porque é difícil estar a dizer se há ou não. Mas é natural que haja portugueses nestes confrontos. É provável que haja portugueses detidos, mas não se sabe, porque os luso-descendentes são franceses e portanto em qualquer anúncio são referenciados como franceses», disse.

    Carlos Pereira indicou ainda na generalidade dos casos por se tratar de pessoas muito jovens os seus nomes nem sequer são tornados públicos para «não prejudicar os jovens».

    Esta quinta-feira de madrugada verificaram-se diversos actos de violência em bairros a norte e leste de Paris, tendo-se mesmo registado tiros na região de La Courneuve.

    Houve veículos incendiados e mesmo a pilhagem de instalações da polícia em Aulnay-sous-Bois. Uma escola primária e um ginásio também foram incendiados.

    photo : rencontre avec le Maire d'Aulnay sous Bois, Gérard Gaudron et le député Portugais, Carlos Gonçalves à Aulnay sous Bois.

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  • "O gabinete de crise não serve para nada. O comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros portugueses não serve para nada. Nem as embaixadas, nem o Governo português se dignaram a conversar com os 220 vereadores da Câmara de Aulnay", contestou Paulo Marques, vereador da Cultura e do Desporto naquela edilidade, acrescentando que "as pessoas trancam-se completamente".

    Já do Ministério dos Negócios Estrangeiros a resposta foi conclusiva "Não temos implementadas medidas especiais porque estes incidentes não atacaram directa ou indirectamente os portugueses, depois de oito dias de violência", disse ao JN Carneiro Jacinto, assessor. Estamos em contacto com as Câmaras de lá e as embaixadas estão abertas se as pessoas precisarem. Portugal tem o seu maior dispositivo diplomático em França. Não queremos, de forma alguma, alarmar os portugueses". Recorde-se que há cinco mil portugueses em Aulnay.

    João Heitor, proprietário da livraria portuguesa "Lusophone", está no centro de Paris,longe das zonas mais problemáicas, mas igualmente apreensivo, e não apenas com o que se passa em França "Portugal deveria preocupar-se era com os problemas de integração que tem na Amadora e na Brandoa".

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  • Pelo menos 177 veículos foram incendiados e uma escola, um centro comercial e uma esquadra da polícia foram saqueados. Interpelados pelo Correio da Manhã, representantes da comunidade portuguesa afirmam não haver até ao momento casos conhecidos de jovens lusos envolvidos na violência.
    Mas o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, garantiu que “caso os portugueses tenham problemas de insegurança devem contactar o consulado, embaixada e conselheiros das comunidades portugueses”, que já accionaram planos para o efeito.

    Photo : Le président du PSD en visite à Aulnay sous Bois le 05 Novembre 2005. Marques Mendes, Carlos Gonçalves et arrière, plan Paulo Paixão, Adjoint au Maire de Dammarie les Lys, membre de l'Association Civica.

    Um cenário de verdadeira guerra civil foi o que restou de uma noite infernal vivida em nove subúrbios da capital francesa. Pela primeira vez, os revoltosos usaram armas de fogo, facto que põe em relevo o provável envolvimento de grupos de crime organizado nos tumultos.
    “Estes são bairros onde já moraram muitos mais portugueses do que agora”, explicou ao CM Carlos Pereira, presidente do Conselho das Comunidades Portuguesas, salientando que se trata de bairros sociais degradados. Paulo Marques, vereador de Aulnay-sous-Bois, cidade onde ontem os confrontos foram mais violentos, explicou, por seu lado, que a maioria dos habitantes das zonas de conflito é magrebina. “Esta é uma cidade de 80 mil habitantes, cinco mil dos quais são portugueses”, afirmou, explicando que, “no bairro onde se deram os confrontos, a Roda dos Ventos, residem cerca de uma centena de portugueses”.

    O vereador luso salientou ainda a preocupação que se vive na comunidade lusa, mas mostrou-se convicto de que “não há portugueses envolvidos nos distúrbios”. Não há também, garantiu, casos conhecidos de empresários e comerciantes lusos directamente atingidos pelo rasto de destruição dos confrontos.
    (correio da Manhã)


    O presidente do PSD, Luís Marques Mendes, manifestou hoje em Aulnay-sous-Bois satisfação por não haver envolvimento de portugueses nos distúrbios verificados na periferia de Paris e elogiou a "serenidade" da comunidade portuguesa.
    "É uma satisfação saber que os portugueses não estão envolvidos", afirmou o líder social-democrata, após um encontro com cerca de 10 portugueses num restaurante em Aulnay-sous-Bois, uma das zonas afectadas pela violência das últimas noites nos subúrbios de Paris.
    Na reunião, promovida pelo conselheiro municipal desta localidade Paulo Marques, um empresário de transportes internacionais português, Mário Martins, revelou que três dos seus camiões foram incendiados na noite anterior junto às residências dos respectivos motoristas.
    "A situação está complicada e fomos obrigados a tomar medidas para reforçar a segurança na empresa", adiantou.
    No entanto, Mário Martins garantiu estar calmo, apesar do clima que se vive na região parisiense, que pela nona noite consecutiva registou vários incêndios e estragos em viaturas e edifícios causados por bandos de jovens.
    "Se não tivéssemos estas confusões estávamos melhor", notou o empresário.
    Por seu lado, Micael Barroso, outro jovem presente e antigo residente de um dos bairros mais complicados de Aulnay, o bairro da Rosa dos Ventos, reconheceu que existe "algum receio em sair à rua".
    Todos os presentes rejeitaram o envolvimento de portugueses nos distúrbios, o que agradou ao líder social-democrata, presente em Paris para participar na comemoração dos 30 anos da secção do PSD na capital francesa.
    Paulo Marques, igualmente militante do PSD e do partido francês UMP, mostrou-se "chocado" com a imagem que a imprensa portuguesa tem passado dos acontecimentos e com a protecção consular disponibilizada pelo ministério dos Negócios Estrangeiros aos portugueses residentes nesta zona.
    No final, o presidente do PSD enalteceu a comunidade portuguesa por ser "tão ordeira, tão serena, tão tranquila" e por acompanhar a situação "com preocupação mas também com serenidade".
    Acompanhado pelos deputados sociais-democratas Carlos Gonçalves e José Cesário, eleitos pela emigração, Marques Mendes explicou ter-se deslocado a Aulnay porque "a primeira coisa que um político deve fazer é informar-se", embora admitisse que não viu estragos pelo caminho No exterior do restaurante, era possível sentir um intenso cheiro a queimado e a algumas dezenas de metros encontrava-se pelo menos uma viatura em chamas, constatou a agência Lusa.
    Nas ruas de várias localidades na periferia de Paris circulavam carros de bombeiros e nas localidades vizinhas de Aulnay podiam avistar-se colunas espessas de fumo.
    Luis Marques Mendes deslocou-se a esta localidade depois de participar num jantar de comemoração dos 30 anos da secção do PSD em Paris, onde estiveram presentes cerca de centena e meia de pessoas.
    Durante um discurso, elegeu a comunidade portuguesa em França como "absolutamente exemplar" pela forma como "lutou contra adversidades e se afirmou pelo seu trabalho".
    "É o que tenho ouvido das autoridades locais e nacionais", declarou aos presentes.
    Agência LUSA
    2005-11-05 02:43:20

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  • O português Paulo Marques, vereador em Aulnay-sous-Bois, arredores de Paris e um dos locais mais atingidos pelos confrontos, desvalorizou, em Lisboa, os distúrbios que se registam em várias zonas de França há 12 dias.
    "Eu quero relembrar que em França, num só ano, são incendiados mais de 30 mil automóveis", disse Paulo Marques aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário de Estado das Comunidades, António Braga.
    O vereador referiu que anualmente e por ocasião do Ano Novo e do 14 de Julho (Dia Nacional de França) são incendiados vários carros, só que estes distúrbios duram apenas dois dias e os confrontos actuais prolongam-se há 12.

    Segundo Paulo Marques, os distúrbios estão a atingir também as escolas e outros organismos públicos porque há "um aumento de violência" e "um interesse em demonstrar qual o bairro que será mais falado na imprensa".
    A intenção de pôr fim à economia paralela nos bairros mais problemáticos, falta de trabalho, discriminação racial e falta de integração na sociedade francesa são alguns dos motivos apontados pelo português que estarão na origem dos distúrbios, que começaram nos arredores de Paris e alastraram-se a todo o país.
    Paulo Marques, vereador em Aulnay-sous-Bois há dez anos, reuniu-se com o secretário de Estado das Comunidades com o objectivo de esclarecer a activação da célula de crise nos consulados em França para acolher portugueses com problemas, estrutura criticada por vários emigrantes e pelas próprias autoridades francesas.

    "O secretário de Estado informou-me que a célula de crise nunca foi activada, existindo um apoio nos consulados, que estão abertos para auxiliar os portugueses em caso de necessidade", disse.

    O vereador referiu que a reunião serviu também para informar o responsável pela pasta da Emigração sobre o que se está a passar em França.
    Paulo Marques acrescentou ainda que os portugueses estão integrados na sociedade francesa e desconhece que existam emigrantes com vontade de regressar a Portugal por insegurança.
    Destacou igualmente o facto de existirem em câmara francesas 230 autarcas de origem portuguesa, que têm dado apoio aos emigrantes.
    No final da reunião, o secretário de Estado das Comunidades não quis prestar declarações aos jornalistas.
    Desde o início dos distúrbios, a 27 de Outubro, já arderam ou foram vandalizadas mais de 5.000 viaturas em França, segundo os números fornecidos diariamente pelo Ministério do Interior.
    Os confrontos começaram depois da morte de dois adolescentes filhos de pais imigrantes em Seine-Saint-Dennis, nos arredores norte da capital francesa.
    Estima-se que em França residam cerca de 800 mil portugueses ou luso-franceses, dos quais meio milhão na região de Paris.
    Agência LUSA
    2005-11-08 18:34:06

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  • 01-09-2006 14:01:00.  Fonte LUSA.    Notícia SIR-8300562
    Temas:  política educação banca portugal frança

    Comunidades: Autarcas portugueses em França preocupados com novo passaporte

    Lisboa, 01 Set (Lusa) - O presidente da Associação dos Autarcas Portugueses de França (CIVICA), Paulo Marques, mostrou-se hoje "muito preocupado" com o Passaporte Electrónico Português (PEP) e alertou que os serviços de emissão nos consulados continuam sem funcionar.

    "Hoje de manhã ainda não estavam a funcionar os serviços de emissão dos dados biométricos na Grande Paris", disse Paulo Marques à Agência Lusa.

    O PEP foi lançado segunda-feira em Lisboa, tendo o Governo equipado 33 dos 134 postos consulares com os aparelhos para recolher os dados biométricos dos requerentes.

    Com o novo documento, os consulados vão deixar de emitir passaportes, passando apenas a recolher os dados biométricos, que são enviados para Lisboa, onde o documento será emitido.

    Sublinhando que há muito pouca informação sobre o PEP no estrangeiro, o autarca em Aulnay sous Bois indicou que as pessoas estão "cheias de dúvidas".

    "Querem saber o que vai acontecer, quantos dias vão estar à espera do PEP, uma vez que vão ser emitidos em Lisboa, e como podem pedir um passaporte agora", tendo em conta os problemas nos consulados, acrescentou.

    De acordo com Paulo Marques, "a solução que o Governo apresentou com o passaporte temporário não resolve todos os problemas, porque esse documento só serve para quem vai para Portugal. Quem quiser ir de férias para a Tunísia, Turquia ou Estados Unidos, não pode".

    O presidente da CIVICA lamentou ainda que "apenas um em cada cinco consulados é que esteja equipado com as máquinas para recolher os dados biométricos".

    A questão do Passaporte Electrónico Português esteve em cima da mesa num encontro que a CIVICA organizou quinta-feira em Coubron, perto de Paris, a pedido da comunidade portuguesa residente naquela região, e no qual esteve presente o deputado pela Europa, Carlos Gonçalves.

    No encontro estiveram ainda em debate a questão do fim das contas poupança-emigrante e o ensino do português no estrangeiro.

    "Não faz sentido que o primeiro-ministro venha a Paris apelar aos emigrantes portugueses para investirem em Portugal e depois acabar com as contas poupança-emigrante, que dava benefícios precisamente a quem investia em Portugal", sublinhou o autarca.

    Admitindo que essas contas estavam "ultrapassadas", Paulo Marques defende que o Governo deveria ter feito alterações suas às condições e não decretar-lhes um fim.

    Quanto ao ensino do português em França, Paulo Marques criticou a falta de interligação entre a coordenação do ensino, os professores, o movimento associativo e os autarcas.

    "Ainda não sabemos quando é que as aulas vão começar e muitos desconhecem, por exemplo, que as inscrições para o ensino do português são feitas em Janeiro", disse.

    Defendeu, por isso, mais comunicação entre a coordenação do ensino e as autarquias, que podem divulgar informação para a comunidade através do boletim mensal.

    "Há cinco mil portugueses em Coubron, mas, por falta de informação, apenas 50 jovens usufruíram do ensino do português no ano passado", sublinhou Paulo Marques.

    MCL.


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