• Du 07 au 17 Novembre 2005 au Portugal - Quatres jours sur Lisbonne pour aider à la compréhension

    O português Paulo Marques, vereador em Aulnay-sous-Bois, arredores de Paris e um dos locais mais atingidos pelos confrontos, desvalorizou, em Lisboa, os distúrbios que se registam em várias zonas de França há 12 dias.
    "Eu quero relembrar que em França, num só ano, são incendiados mais de 30 mil automóveis", disse Paulo Marques aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário de Estado das Comunidades, António Braga.
    O vereador referiu que anualmente e por ocasião do Ano Novo e do 14 de Julho (Dia Nacional de França) são incendiados vários carros, só que estes distúrbios duram apenas dois dias e os confrontos actuais prolongam-se há 12.

    Segundo Paulo Marques, os distúrbios estão a atingir também as escolas e outros organismos públicos porque há "um aumento de violência" e "um interesse em demonstrar qual o bairro que será mais falado na imprensa".
    A intenção de pôr fim à economia paralela nos bairros mais problemáticos, falta de trabalho, discriminação racial e falta de integração na sociedade francesa são alguns dos motivos apontados pelo português que estarão na origem dos distúrbios, que começaram nos arredores de Paris e alastraram-se a todo o país.
    Paulo Marques, vereador em Aulnay-sous-Bois há dez anos, reuniu-se com o secretário de Estado das Comunidades com o objectivo de esclarecer a activação da célula de crise nos consulados em França para acolher portugueses com problemas, estrutura criticada por vários emigrantes e pelas próprias autoridades francesas.

    "O secretário de Estado informou-me que a célula de crise nunca foi activada, existindo um apoio nos consulados, que estão abertos para auxiliar os portugueses em caso de necessidade", disse.

    O vereador referiu que a reunião serviu também para informar o responsável pela pasta da Emigração sobre o que se está a passar em França.
    Paulo Marques acrescentou ainda que os portugueses estão integrados na sociedade francesa e desconhece que existam emigrantes com vontade de regressar a Portugal por insegurança.
    Destacou igualmente o facto de existirem em câmara francesas 230 autarcas de origem portuguesa, que têm dado apoio aos emigrantes.
    No final da reunião, o secretário de Estado das Comunidades não quis prestar declarações aos jornalistas.
    Desde o início dos distúrbios, a 27 de Outubro, já arderam ou foram vandalizadas mais de 5.000 viaturas em França, segundo os números fornecidos diariamente pelo Ministério do Interior.
    Os confrontos começaram depois da morte de dois adolescentes filhos de pais imigrantes em Seine-Saint-Dennis, nos arredores norte da capital francesa.
    Estima-se que em França residam cerca de 800 mil portugueses ou luso-franceses, dos quais meio milhão na região de Paris.
    Agência LUSA
    2005-11-08 18:34:06

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