• Comunidades: Autarcas portugueses em França preocupados com novo passaporte

    01-09-2006 14:01:00.  Fonte LUSA.    Notícia SIR-8300562
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    Comunidades: Autarcas portugueses em França preocupados com novo passaporte

    Lisboa, 01 Set (Lusa) - O presidente da Associação dos Autarcas Portugueses de França (CIVICA), Paulo Marques, mostrou-se hoje "muito preocupado" com o Passaporte Electrónico Português (PEP) e alertou que os serviços de emissão nos consulados continuam sem funcionar.

    "Hoje de manhã ainda não estavam a funcionar os serviços de emissão dos dados biométricos na Grande Paris", disse Paulo Marques à Agência Lusa.

    O PEP foi lançado segunda-feira em Lisboa, tendo o Governo equipado 33 dos 134 postos consulares com os aparelhos para recolher os dados biométricos dos requerentes.

    Com o novo documento, os consulados vão deixar de emitir passaportes, passando apenas a recolher os dados biométricos, que são enviados para Lisboa, onde o documento será emitido.

    Sublinhando que há muito pouca informação sobre o PEP no estrangeiro, o autarca em Aulnay sous Bois indicou que as pessoas estão "cheias de dúvidas".

    "Querem saber o que vai acontecer, quantos dias vão estar à espera do PEP, uma vez que vão ser emitidos em Lisboa, e como podem pedir um passaporte agora", tendo em conta os problemas nos consulados, acrescentou.

    De acordo com Paulo Marques, "a solução que o Governo apresentou com o passaporte temporário não resolve todos os problemas, porque esse documento só serve para quem vai para Portugal. Quem quiser ir de férias para a Tunísia, Turquia ou Estados Unidos, não pode".

    O presidente da CIVICA lamentou ainda que "apenas um em cada cinco consulados é que esteja equipado com as máquinas para recolher os dados biométricos".

    A questão do Passaporte Electrónico Português esteve em cima da mesa num encontro que a CIVICA organizou quinta-feira em Coubron, perto de Paris, a pedido da comunidade portuguesa residente naquela região, e no qual esteve presente o deputado pela Europa, Carlos Gonçalves.

    No encontro estiveram ainda em debate a questão do fim das contas poupança-emigrante e o ensino do português no estrangeiro.

    "Não faz sentido que o primeiro-ministro venha a Paris apelar aos emigrantes portugueses para investirem em Portugal e depois acabar com as contas poupança-emigrante, que dava benefícios precisamente a quem investia em Portugal", sublinhou o autarca.

    Admitindo que essas contas estavam "ultrapassadas", Paulo Marques defende que o Governo deveria ter feito alterações suas às condições e não decretar-lhes um fim.

    Quanto ao ensino do português em França, Paulo Marques criticou a falta de interligação entre a coordenação do ensino, os professores, o movimento associativo e os autarcas.

    "Ainda não sabemos quando é que as aulas vão começar e muitos desconhecem, por exemplo, que as inscrições para o ensino do português são feitas em Janeiro", disse.

    Defendeu, por isso, mais comunicação entre a coordenação do ensino e as autarquias, que podem divulgar informação para a comunidade através do boletim mensal.

    "Há cinco mil portugueses em Coubron, mas, por falta de informação, apenas 50 jovens usufruíram do ensino do português no ano passado", sublinhou Paulo Marques.

    MCL.


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